segunda-feira, 23 de maio de 2011

Oposição não pode ser subestimada


A conjuntura socioeconômica aponta que o prestígio do Partido dos Trabalhadores e seu projeto político estão, a cada dia, mais fortalecidos nas maiorias sociais. Evidencie-se a preferência inconteste do PT em relação aos demais partidos brasileiros em todos os setores sociais. Soma-se a isso, a expressiva aprovação popular da presidenta Dilma Rousseff ao final dos 100 primeiros dias de governo, confirmando nossas expectativas de continuidade e aprofundamento das mudanças políticas, socioeconômicas e culturais desenvolvidas pelo governo do presidente Lula.

Quanto à oposição, experimenta profunda crise de identidade e se move confusamente. Entretanto, a dispersão e a fragilidade dos oponentes não deve ser motivo para subestimá-los, pois representam setores consideráveis da classe dominante, controla o poder em vários estados e tem a seu lado importantes aparelhos de poder.

Em 2010, o PT disputou a presidência da república com uma tática que possuía duas prioridades: eleger Dilma presidenta e ampliar a bancada de senadores do PT e dos partidos aliados. Avaliava-se que de nada adiantaria eleger governadores sem eleger a presidência da república, pois comandar o governo federal era fundamental para prosseguir aprofundando as reformas e mudanças realizadas pelo governo Lula.

Assim, o diretório estadual do PT/Ce aprovou como tática eleitoral: eleger Dilma presidente; apoiar a reeleição do governador Cid Gomes; continuar ocupando a vaga de vice-governador; e para o senado defendia a chapa Pimentel e Eunício. Além disso, rechaçava coligação formal ou informal com o PSDB. Diante dessa tática clara e objetiva, os partidos aliados se reposicionaram no cenário político estadual.

Os resultados estaduais foram a reeleição do governador Cid Gomes no primeiro turno, a eleição dos senadores José Pimentel (PT) e Eunício Oliveira (PMDB). Nesse passo, o campo das forças populares, socialistas e progressistas, que se expressam no PT/PSB/PCdoB/PMDB, saiu das eleições com mais força para, alinhado com o governo da presidenta Dilma, continuar a implantação o projeto democrático e popular.

Agora, o desafio é manter a unidade desse campo no processo de disputa das eleições de 2012 em que ao PT caberá o papel de protagonizar a gestão das contradições e compartilhar as medidas que atendam aos interesses locais em jogo, sem prejudicar os objetivos estratégicos do projeto democrático e popular.

Joaquim Cartaxo é o primeiro vice-presidente do PT do Ceará.

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