O líder do
PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), falou sobre as pretensões dele nas eleições
do próximo ano durante a Plenária do Campo Democrático da Região Norte, em
Sobral. Ao comentar o pedido do Campo Democrático, tendência interna do PT
cearense, para que se candidate ao Senado Federal, Guimarães disse não
descartar a ideia, desde que a postulação não prejudique a aliança que pode
garantir uma ampla votação à presidente Dilma Rousseff no Ceará.
“Sou
candidato a construir o melhor palanque da Dilma em 2014. Vamos fazer uma
grande força-tarefa para manter PT, PMDB e PSB unidos na reeleição da nossa
presidente, com amplo apoio dos cearenses. O papel de cada uma dessas forças
nessa disputa é secundário”, comentou.
Guimarães
esteve reunido com o governador Cid Gomes e tratou das recentes movimentações
políticas durante a semana em que foi apresentada a pesquisa Ibope do Ceará. Segundo
informou, a postulação de Eunício Oliveira ao governo estadual é acompanhada
pelo Palácio da Abolição que prefere discutir a sucessão no início do próximo
ano.
“O PT não
precisa pedir licença para lançar candidatura a esse ou aquele cargo e é
natural que cada partido lance seu nome, porque PMDB e PSB também querem ter
candidato [ao governo estadual]. O que não pode acontecer é deixarmos naufragar
o nosso projeto político nacional, ou faz algum sentido elegermos o próximo
governador e não reelegermos a Dilma?”, questionou.
O líder
admitiu que o partido vai precisar ceder em alguns Estados para não criar uma
crise entre os aliados do governo da presidente Dilma e afirmou que a presença
do PT no Congresso Nacional, que já conta com a maior bancada na Câmara
Federal, com 90 deputados federais, já assusta algumas lideranças.
Atualmente,
o PMDB possui a maior bancada no Senado Federal, com 20 senadores, contra 12 do
PT.
Na avaliação
dele, as recentes manifestações em todo País não colocaram em cheque a
reeleição da presidente Dilma Rousseff no próximo ano e, sim, a própria política
brasileira atual, fato verificado durante a tentativa de invasão do Congresso
Nacional por parte dos manifestantes. Daí apontar que a reforma política
através do plebiscito ser a melhor maneira, junto à consolidação de políticas
públicas, como a melhor saída para dar resposta às vozes das ruas.
“Eu não
estou preocupado se a Dilma tem 30% ou 40% de aprovação em pesquisa. O que é
importante saber é se estamos atendendo as reivindicações das ruas”, comentou.
Na opinião do líder, a extensão do apoio da população à presidente poderá ser melhor
avaliado no início do próximo ano.
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