Por Joaquim Cartaxo
Centralização de atividades e inovação constituem o
âmago de uma cidade e são essenciais no processo de desenvolvimento
socioeconômico.
À centralização interessam temas como localização,
escala, mercado consumidor, atividades produtoras e concentração de mão de
obra; a inovação envolve aumento da capacidade dos centros urbanos se
multiplicarem, mudança do padrão de hierarquia e distâncias no sistema de
cidades.
Associada à inovação e por meio da tecnologia da
informação, a metrópole contemporânea transforma-se em tecnópole produzindo em
todo o mundo novos paradigmas de desenvolvimento econômico.
Diferenças locais e globais nesse desenvolvimento
ocorrem porquanto há fatores culturais, locacionais e recursos naturais que
circunstanciam diversos e novos tipos de atividades. Atente-se também que as
cidades possuem, ao mesmo tempo, um sistema interior em que partes de sua
estrutura urbana interagem umas com outras de diferentes maneiras e um sistema
de interação externa que relaciona cidades entre si organizando, articulando e
dinamizando regiões.
Desenvolvimento urbano e integração regional, nesse
contexto, existem intimamente relacionados, assim como imbricados no processo
de crescimento econômico constituído de fatores positivos e restritivos dentre
os quais se destacam as desigualdades socioambientais.
Assinale-se o papel da cidade na organização
territorial, no estabelecimento das características do desenvolvimento
econômico e socioambiental. Isto é: a cidade como um sistema dentro de um
sistema de cidades na articulação e integração da economia de uma região ou de
um território do que surge a metrópole, a megacidade multifuncional e emerge a
sociedade global de massa, a multidão produzida pela urbanização intensa com
aglomerados humanos imensos, grandes centros de serviços, industrialização
acelerada, relações socioeconômicas e culturais nacionais e internacionais.
Joaquim Cartaxo é arquiteto e vice-presidente estadual do PT Ceará.
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