por José Guimarães
Os mesmos que queriam mudar o nome de Petrobras para Petrobrax durante o
governo FHC (1995-2002), tentando apagar parte de nossa história, hoje
investem novamente numa campanha antinacional contra a empresa. Com o
governo do PT, a partir de 2003, a estatal se fortaleceu e
transformou-se num gigante do setor de energia no cenário internacional.
O feito contraria os dogmas da cartilha neoliberal e açula a oposição,
que difunde distorções que não se sustentam na realidade dos números.
Nos últimos dez anos, a empresa ganhou musculatura. Voltou, por exemplo,
a investir na construção de refinarias - Comperj (RJ), Abreu e Lima
(PE), Premium I (MA) e Premium II (CE) -, fato que não ocorria desde a
década de 1980.
O recém-anunciado Plano de Negócios da Petrobras mostra solidez da
empresa e é uma ducha de água fria na campanha difamatória da oposição.
Até 2017, serão investidos US$ 236,7 bilhões. A consistência do plano
atesta que o PSDB e seus aliados na política e na mídia perderam a noção
de realidade. Os investimentos superam os do plano anterior
(2012-2016), de US$ 236,5 bilhões, contemplando a meta de elevar a
produção nacional de petróleo de dois milhões de barris diários em 2012
para até 4,2 milhões, em 2020.
Há uma espetacular diferença em relação aos tempos de FHC. Mesmo com a
queda momentânea de suas ações em bolsa de valores (em processo de
recuperação), a Petrobras vale hoje entre 7 e 8 vezes mais do que em
2002. No período, o valor da empresa saltou de US$ 15,5 bilhões para US$
126 bilhões; o lucro foi de R$ 8,1 bilhões para R$ 21,2 bilhões; os
investimentos, de R$ 18,9 bilhões para R$ 84,1 bilhões, um vultoso
crescimento de 446%. O número de empregados da empresa saltou de 46,6
mil para 84,7 mil.
A exploração de petróleo no pré-sal, descoberto em 2006, tem superado as
expectativas e já responde por 15% da produção da companhia, enquanto
os prazos usuais de implantação de projetos similares chegam a 10 anos
na indústria mundial. Foi atingida a marca de 300 mil barris/ dia. No
Golfo do México, para a mesma marca, necessitou-se de 17 anos.
A política de conteúdo local da Petrobras, nos últimos dez anos, é
motivo de orgulho. Hoje praticamente tudo é desenvolvido no Brasil -
reafirmando a indústria e estimulando o desenvolvimento da economia
nacional e a geração de empregos aqui, não no exterior.
Hoje, a Petrobras é a empresa da América Latina mais bem colocada no
ranking das cem marcas mais valiosas do mundo, segundo a agência
americana de pesquisa de marketing Millward Brown. O valor da marca
alcançou, em 2011, US$ 13,4 bilhões, contra os US$ 285 milhões de 2003.
Ou seja, um aumento de 47 vezes no valor da marca.
Os tucanos fazem mise-en-scène com o queixume dos rentistas, que
reclamam do lucro da Petrobras em 2012, mesmo tendo sido um dos maiores
da história da empresa. Se é legítimo que estes queiram mais, é
igualmente legítima a opção da empresa de garantir caixa para continuar
os investimentos vitais para a economia brasileira.
As diferenças entre a Petrobras de hoje - gigante e vigorosa, patrimônio
e orgulho nacional - e o projeto de versão barateada, fatiada e
entregue ao capital estrangeiro, sonho dos tucanos, são abissais.
Nenhuma campanha oposicionista irá mudar a imagem da empresa diante dos
seus proprietários, o povo brasileiro.
José Guimarães PT-CE é deputado federal e líder do partido na Câmara
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