segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Atração das cidades

Por Joaquim Cartaxo

Os impérios predominaram no século XIX, as nações hegemonizaram o século XX e o século XXI é das cidades. Em 1800 – 3% da população mundial vivia em cidades e até 2030 se prevê que 60% da população mundial será urbana, algo em torno de 5 bilhões de pessoas. Neste quadro demográfico, grife-se que as cidades representam 2/3 do consumo mundial de energia e 75% da produção de resíduos; nos países em desenvolvimento, as metrópoles estão marcadas pela perversa desigualdade na distribuição de renda e oportunidades socioeconômicas, por outro lado, são o locus da diversidade econômica, ideológica, religiosa e cultural.

Indicadores mundiais apontam que as megacidades de países em desenvolvimento sofrerão processos progressivos de precarização de condições de vida para a maioria da população. Entretanto, as pessoas continuarão migrando para as cidades pois encontram nelas as oportunidades propícias para melhorar de vida, mesmo com as dificuldades de se viver no meio urbano.


Estudiosos como Paul Kurgman defendem o crescimento das cidades como modelo econômico do desenvolvimento, explicando e justificando que as transformações expressivas acontecem e se realizarão nas megacidades gerando demandas em larga escala por moradia, serviços públicos, transportes, cultura, lazer, matérias-primas, produtos, empregos.

Associa-se a isso o fato das sociedades, ao mesmo tempo que se tornam cada vez mais inteligentes, ágeis, digitais e virtuais, as cidades nunca foram tão atrativas proporcionando encontro físico das pessoas. Quanto a isso, Carlos Leite em seu livro Cidade sustentáveis, cidades inteligentes – desenvolvimento sustentável num planeta urbano argumenta que “quanto mais avançam as inovações de tecnologia de informação e conexões a distancia, mais as cidades ganham atratividade. Veremos que uma reforça a outra e que a interação física no território gera inovação como nunca antes.”

Joaquim Cartaxo é vice-presidente estadual do PT Ceará e arquiteto.

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