quinta-feira, 28 de março de 2013

Desenvolvimento Inclusivo

Joaquim Cartaxo
O Partido dos Trabalhadores completou 33 anos no dia 10 de fevereiro. Nos anos 1980, década de sua criação, o PT caracterizou sua presença na vida sócio-política brasileira por sua luta pela redemocratização do país; nos anos 1990, conquistou governos municipais, estaduais e desenvolveu o modo petista de governar, sublinhado pela inversão de prioridades e participação popular com destaque para o orçamento participativo; no início do século XXI, elegeu Lula em 2002 e reelegeu-o em2006 para presidente da república; em 2010, elegeu Dilma presidenta.

Em 33 anos, com dez governando o Brasil, a história do PT está assinalada por lutas social, política e institucional que concretizam a radicalização da democracia, redução das desigualdades, erradicação da miséria, diminuição da pobreza, valorização da cultura, crescimento econômico com geração de emprego, geração e distribuição de renda.

Aprofundando conquistas dessa história, o presidente Lula mudou a agenda de desenvolvimento do Brasil ao priorizar a questão social passou a ser prioritária no lugar da estabilidade da economia - prioridade dos governos demo-tucanos – que ignorava as carências sociais produzidas pela pilhagem e pelos privilégios das elites dominantes em 500 anos de Brasil.

Nova agenda de desenvolvimento em que o objetivo estratégico do crescimento econômico é a inclusão social; desenvolvimento em que crescimento econômico, justiça social e proteção ao meio ambiente estão integrados e articulados ecujos resultados são universalização de direitos sociais e inclusão de segmentos populacionais historicamente excluídos; implantação compartilhada de políticas públicas entre União, Estados e Municípios com participação social; resgate e ampliação da capacidade de planejamento e investimento do estado brasileiro; fortalecimento do mercado interno.

Em dez anos de governo do PT e seus aliados, a inflação brasileira diminuiu de 12,5% para 5,8%; a participação dos salários no PIB cresceu 46% para 53%; o salário mínimo era de R$ 240 em 2003 e, hoje, está em R$ 678,00; no ano de 1998, asclasses de renda A + B + C somavam 53% da população e em 2011 subiram para 84%; em 1998, as classes de renda D + E somavam 47% e diminuíram para 16% da população em 2011.

A renda domiciliar per capita brasileira que era R$ 687,00 (2003) cresceu para R$ 932,00 (2011). Esse crescimento aconteceu com maior intensidade nas regiõesmais pobres e nos segmentos populacionais mais frágeis socioeconomicamente. Na região nordeste, esse crescimento foi de 2,9%, enquanto a média nacional foi de 1,7%. Assim, o crescimento da renda domiciliar do nordeste foi 65% a mais que o crescimento da média nacional.

Quanto a oportunidade de trabalho, foram gerados 19 milhões de empregos formais. 27 milhões em 2001 e 46 milhões em 2011.

Em suma: tais indicadores atestam os resultados da nova agenda de desenvolvimento do Brasil, a agenda do desenvolvimento inclusivo.

Joaquim Cartaxo é arquiteto urbanista, mestre em planejamento urbano e vice-presidente do PT/CE.

terça-feira, 26 de março de 2013

Coordenação de mulheres promove plenária regional em Ocara



A coordenação de mulheres do Campo Democrático promoveu no último sábado (23) a segunda plenária regional de 2013. Após a Plenária Regional do Cariri, foi a vez do município de Ocara, na região de Baturité, receber o evento realizado pela coordenação das mulheres. Os municípios do Crato e Várzea Alegre também já realizaram plenárias municipais.

A ideia do coletivo é percorrer todo Estado debatendo com as militantes do Campo Democrático a agenda da Secretaria Nacional de Mulheres e a participação das mulheres na direção do partido. A partir de novembro, o PT renova as direções nacional, estaduais e municipais. A novidade deste ano é a paridade de gêneros, além das cotas étnica e geracional.

A próxima Plenária Regional da coordenação de mulheres do Campo Democrático está prevista para acontecer no dia 06 de abril em Aracati, no Litoral Leste. Em 04 de maio deve acontecer a Plenária Regional do Centro-Sul, no município de Cedro. Também estão previstas para o mês de abril e maio, em data a confirmar, plenárias regionais em Sobral, Quixadá e Senador Pompeu e uma plenária municipal em Orós.

As atividades são coordenadas pelas petistas Fátima Bandeira e Nadir Chavez.

segunda-feira, 25 de março de 2013

As razões da preferência dos brasileiros pelo PT

Mais uma pesquisa, de novo do Instituto Datafolha, e o que ela aponta? A preferência de 29% dos eleitores pesquisados pela sigla PT; 55% dos brasileiros reconhecendo que o partido ajuda a presidenta da República, Dilma Rousseff, na sua gestão; 47% considerando que ajuda muito; e só 22% que ajuda um pouco ou não ajuda. Tudo ao contrário do que os formadores de opinião tentam impingir diariamente à população, imputando tudo que é de ruim ao PT e a sua participação e seu desempenho no governo.

A pesquisa indica, ainda, que 72% consideram o governo petista bom, número que não deixa dúvida do porquê do apoio à presidenta, a seu governo, ao PT, ao ex-presidente Lula e às suas duas administrações (2003-2010). Principalmente se considerarmos que o PSDB, o principal partido de oposição, tem a preferência de apenas 4,5% dos brasileiros que têm opção partidária; e o PMDB; 7,5%.

Vejam, após dois anos e três meses de mandato, a presidenta Dilma faz um governo ótimo ou bom para 65% dos brasileiros. Outros 27% classificam sua administração como regular. A avaliação negativa é de apenas 7%.

Pesquisas revelam confiança na economia e no governo


As pesquisa realizadas pela Datafolha nesses dias em geral revelam a confiança dos brasileiros e brasileiras na economia e no governo. Nada menos que 75% dos nossos patrícios acreditam que não correm risco de serem demitidos e 59% não têm medo de demissão. No tocante à economia, a pesquisa deste ano, comparada com a do ano passado, comprova o crescimento do otimismo em geral.

Antes 33% acreditavam que o desemprego iria diminuir; agora 41% acreditam que vai decrescer. No quesito poder de compra dos salários, no ano passado 39% dos brasileiros achavam que ia aumentar. Agora são 49% os acham que o poder de compra dos salários crescerá. E até mesmo a inflação: 13% achavam que ela iria diminuir. Pois agora, já são 18%. Entre os que achavam que ela iria aumentar, o número sofreu pequena queda: 45% no ano passado e 44% agora.

A situação econômica do país era aprovada por 44%; agora é por 51%. Ampliou-se também, e substancialmente, a percepção dos brasileiros quanto à importância do Brasil no mundo: eram 72% os que consideravam o Brasil muito importante no contexto internacional e o número subiu agora para agora 81%.

Tudo isto deixa a oposição e certa mídia enlouquecida, ao lado do dado de que para 76% do nosso povo o Brasil é um lugar bom ou ótimo para se viver. Em 2012 esse percentual era de 61%. São números que explicam a popularidade da presidenta e de seu governo e por que ela cresce em todas pesquisas espontâneas ou estimuladas.



José Dirceu é ex-ministro do governo Lula e ex-presidente nacional do PT
(Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Em dez anos, um novo Brasil


A população brasileira tem motivos de sobra para comemorar os dez anos de governo petista, iniciado em 2003 com o presidente Lula e prosseguido pela presidente Dilma Rousseff. As conquistas no governo de coalizão do PT e partidos aliados são superlativas. Há pleno reconhecimento do povo brasileiro e, no âmbito internacional, os avanços são atestados – e elogiados – por diferentes entidades. Criamos políticas sociais e estruturantes que deram outra feição ao País. Os resultados obtidos nestes dez anos mostram compromisso com a construção de um país desenvolvido, justo e solidário.

Nesse período, a inflação manteve-se controlada, o PIB per capita avançou quatro vezes mais, as reservas externas passaram de US$ 37,8 bilhões para US$ 373,1 bilhões e a produtividade aumentou 13%, contra a estagnação verificada nos anos FHC. Zeramos nossa dívida externa e, em vez de procurar os credores internacionais com o pires na mão, somos credores do FMI e dos Estados Unidos.

Enquanto o desemprego cresceu perto de 58% nos oito anos de governo tucano, na gestão petista diminuiu 38,9%. Criamos mais de 18 milhões de empregos com carteira assinada e atingimos o pleno emprego. Em nosso governo, o salário mínimo teve aumento real de 70%, passando da faixa dos US$ 80 – ao final de 2002 – para mais de US$ 320 hoje. Apesar de ainda ser uma face cruel da nossa sociedade, a desigualdade recuou 11,4% nos últimos 10 anos. À época do governo FHC, o Brasil estava entre os três piores países nos indicadores de desigualdade social. Hoje estamos entre os 12. Tudo graças à coragem de apostar na capacidade do povo brasileiro, implementando um projeto voltado para o crescimento com distribuição de renda e enfrentamento às desigualdades. O Estado, antes encarado como vilão, teve resgatado seu papel estratégico como indutor do desenvolvimento.

Rompemos com o modelo que ignorava a miséria secular, que acorrentava na condição de pobreza absoluta 45% dos brasileiros. Com ousadia, o governo do PT e aliados garantiu a ascensão social de 40 milhões de brasileiros. Hoje, somos a sexta economia mundial, apontados como modelo internacional de distribuição de renda e justiça social.

Ao governar respeitando suas bandeiras históricas, o PT orgulha-se do crescimento econômico, mas principalmente pelos milhões de brasileiros que saíram da linha de pobreza nos últimos dez anos. Não apenas a economia cresceu, mas também nossa autoestima e otimismo. É esse o maior legado do nosso governo.

Dep Federal José Guimarães
Líder do partido na Câmara

(Imagem: Mario Agra/ PT Nacional)

segunda-feira, 11 de março de 2013

ARTIGO - Estado de risco


A quem interessa que a base aliada do governo desande em 2014? Às forças que se organizam à esquerda e à direita, visando enfraquecer o PT na disputa ideológica de projetos políticos na sociedade.

De forma mais nítida, há os movimentos do consórcio PSDB/DEM/PPS/Mídia conservadora/Superior Tribunal Federal em que a Ação Penal 470, apelidada de mensalão, é o exemplo mais sofisticado de busca desse enfraquecimento. Basta lembrar que o cronograma desse julgamento midiático foi coincidido com o calendário eleitoral de 2012, como tentativa de interditar ou diminuir as possibilidades de crescimento do PT nas eleições municipais.

Essa manobra não logrou êxito. O PT cresceu, elegeu Fernando Haddad prefeito da cidade de São Paulo e passou a ser o partido a governar o maior número de brasileiros: 37 milhões; sob o calor pós-eleição, o Ibope realizou pesquisa de preferência partidária que surpreendeu, pois o PT continuou liderando disparadamente essa preferência com 24%, enquanto nenhum dos outros partidos chega a 10%.

Passada a eleição municipal, já estamos discutindo a campanha de 2014 cuja tendência é uma disputa entre três ou quatro candidatos competitivos, o que põe em estado de risco a continuidade da base aliada nacional e nos estados. Disputas pelas prefeituras de Fortaleza e Recife, por exemplo, são sinais desse risco.

Em 2013, o PT realizará seu Processo de Eleição Direta (PED) com o objetivo de escolher sua nova direção pelo voto direto de seus filiados, a qual comandará os destinos do partido nas eleições de 2014. Debatê-las será inevitável no PED, apesar de estarmos a mais de um ano das convenções partidárias que homologarão as decisões eleitorais. Em especial, debater prováveis cenários com manutenção da base aliada e aqueles com aliança desfeita, tanto no plano nacional como nos estados. Sublinhando que a reeleição de Dilma presidirá a tomada de decisões estaduais.


Joaquim Cartaxo
Arquiteto urbanista e vice-presidente do PT/Ceará