quarta-feira, 10 de junho de 2009

Plenária Nacional Construindo um Novo Brasil

Nos dias 5 e 6 de junho de 2009 realizou-se em São Paulo a Plenária Nacional da corrente interna ao PT denominada Construindo o Novo Brasil – CNB, que debateu idéias radicalmente democráticas para as tarefas partidárias e para o programa do próximo governo do Brasil.

Compartilhamos a síntese das diferentes mesas.

1. CONJUNTURA NACIONAL – Ricardo Berzoini, João Paulo Cunha e Luiz Dulci
Foi feito um paralelo entre os 8 anos de Lula, que na crise amplia investimentos e reduz juros; e os 8 anos FHC, que fazia cortes nos investimentos, demitia servidores e aumentava juros. Só o PRONAF é um bom exemplo: FHC aplicava 2,5 bilhões e Lula destinou em 2009 15 bilhões.
Outra demonstração é o aumento real do salário mínimo, que se diferencia do período de achatamento do governo anterior. Também o papel dos bancos públicos para enfrentar a crise e fazer baixar os juros. A crise nos desafiou e criamos o programa Minha Casa, Minha Vida. O PAC retoma 30 anos sem investimentos e o PRÉ-SAL é indutor de uma nova racionalidade: crescimento – equilíbrio – inclusão de pessoas = Democracia.

2. PROJETO para 2010 – Zé Dirceu, Gilberto Carvalho e Marco Aurélio Garcia
A continuidade do projeto passa pela UNIDADE do PT no PED, que deve se transformar numa grande festa. Com unidade nas chapas, unidade numa candidata, unidade nas bandeiras e com um líder inconteste. Essas são precondições valiosas para sermos vitoriosos.
A centralidade da disputa de 2010 é o palanque nacional, com um grande debate sobre o Projeto Estratégico de Nação e confrontando o nosso projeto de esquerda-centro e o neoliberal do PSDB-DEM. A disputa será dura, pois Serra sabe o que a elite deixou de ganhar e conhece bem a imprensa nacional.
O próximo governo é de continuidade e de aprofundamento, com menos exclusão e menor desigualdade social. Não devemos apenas dizer o que fizemos, devemos pensar novas políticas para ampliar o mercado consumidor de massas. A reforma agrária precisa avançar com terra, crédito e assistência técnica.
Serão desafios para o próximo governo, os temas de sociedade: juventude – violência – pobreza cultural. São igualmente importantes, a reforma política e do estado com um Congresso revisor, a reforma do sistema financeiro e bancário, retomada da capacidade de investimento para mudar a estrutura produtiva com ciência e tecnologia, além de mudar a correlação de forças na mídia, com nova Lei de imprensa. Essas mudanças exigem MAIORIA no congresso, por isso o PT precisa priorizar a eleição de deputados e senadores. Ademais, MOBILIZAÇÃO é fundamental no próximo governo e essa é tarefa do PT. Nosso partido precisa dar-se conta de sua importância para o debate internacional sobre os novos rumos do planeta pós-crise.


3. TESE da CNB – Genoino e Selma Rocha
Foi apresentado um texto guia com 95 tópicos, que porém receberá contribuições dos militantes de todo o Brasil e que abordará as seguintes linhas:
- O projeto de mudança do Brasil em cursos com o governo Lula;
- A importância da coalizão de partidos para a governabilidade;
- A unidade do PT e unidade da base para o apoio a presidenta Dilma;
- O PT e a extraordinária experiência de 20 anos entre dois muros. Em 1989 a queda do muro de - Berlim e em 2009 a queda do muro de Wall Street. O PT e o governo Lula são alternativas ao neoliberalismo;
- O projeto de Brasil terá continuidade na radicalidade da disputa do projeto estratégico em confronto com a velha política.
- São elementos essenciais para sustentação da disputa: a figura do Lula, a imagem do PT, os Movimentos Sociais, a política de alianças e as realizações de nosso governo.
- Os estados deverão submeter suas estratégias à centralidade do palanque nacional;
- Devemos criar comitês de debate do programa de governo Brasil afora.

4. ORGANIZAÇÃO da CNB para o PED e a CHAPA – José Guimarães, Paulo Frateschi, Ricardo Berzoini, Gleber Naime.
A plenária da CNB apresenta para o conjunto das correntes do partido o nome de José Eduardo Dutra, ex-senador e presidente da BR distribuidora, para presidente nacional do PT, tendo como grande objetivo a composição de uma chapa única ampla.
Foram escolhidas três comissões:
1) Para revisar a tese
2) Para dialogar com as demais correntes
3) Para negociar as Chapas nos estados
O PED deve ser um momento de debate para fora do partido, retomando o diálogo com os intelectuais e os movimentos sociais.

(*) Anotações: Celso Crisóstomo e Mônica Martins
como contribuição ao Campo Democrático/ PT Ceará

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