terça-feira, 17 de maio de 2011

Brasil irá ajudar a redefinir a economia global, diz Banco Mundial

Educação com foco na produção de conhecimento é o principal desafio da economia brasileira

Brasil, China, Índia, Rússia, Indonésia e Coreia do Sul vão responder por metade do crescimento global em 2025. É o que informa o relatório do Banco Mundial lançado em Washigton nesta terça-feira (17). Segundo o relatório Global Developtment Horizons 2011 - Multipolarity: The New Global Economy (Horizontes do Desenvolvimento Global 2011 - Multipolaridade: a nova economia global"), os países emergentes irão crescer, em média, 4,7% até 2025.

“À medida que o poder econômico muda, essas economias bem-sucedidas vão ajudar a conduzir o crescimento em países de baixa renda por meio de transações comerciais e financeiras transfronteiriças”, diz o documento. “A rápida ascensão de economias emergentes conduziu uma mudança pela qual agora os centros de crescimento econômico estão distribuídos entre as economias desenvolvidas e em desenvolvimento”, completa o economista-chefe e vice-presidente para Economia do Desenvolvimento do banco, Justin Yifu Lin.

Os países avançados, por sua vez, apesar de continuarem a ter um peso importante na economia global, deverão crescer em média apenas 2,3% no mesmo período.“Estamos em um mundo realmente multipolar”, argumenta Lin.

Desafios


Para se consolidar como polo de crescimento, o Brasil, Índia e Indonésia precisam enfrentar alguns desafios, como melhorar o acesso à educação, ponto central para o continuidade do crescimento, segundo o Banco Mundial. Segundo a instituição, essas medidas poderiam estimular a adaptação tecnológica doméstica, capacidade de inovação e geração de conhecimento.

Ainda de acordo com o relatório, as mudanças no balanço de poder econômico e financeiro também terão reflexos em setores como os mercados de investimentos, fusões e aquisições. “As multinacionais dos mercados emergentes estão se tornando uma força na reconfiguração da indústria global, com rápida expansão dos investimentos Sul-Sul e fluxos de investimentos estrangeiros diretos”, afirma Lin.

Segundo o documento, a participação e a influência crescentes de empresas originárias de mercados emergentes nas finanças e nos investimentos globais podem levar à criação de um marco multilateral para regular os investimentos transfronteiriços. “As instituições financeiras internacionais terão de se adaptar rapidamente”.

Moeda


O Banco Mundial projeta ainda que, até 2025, o sistema monetário internacional não será mais dominado por uma única moeda. “O mais provável é que em 2025 o panorama monetário internacional se caracterize pela presença de múltiplas moedas, com predomínio do dólar, do euro e do yuan”, afirmou o autor do relatório, Mansoor Dailami.

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